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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Fariseu ou Publicano?



Publicano: na antiga Roma eram chamados de “publicanos”, os arrecadadores de impostos da republica. Eles aparecem varias vezes no Novo Testamento, quase sempre descritos como pessoas odiadas pela populacao, a razao era que, cobravam mais do que era exigido do povo pagar, e porque tiravam dinheiro do seu proprio povo para dar aos invasores da nacao.
Dois grandes exemplos de publicanos sao: Mateus e Zaqueu.

Fariseu: e’ o nome dado a um grupo de judeus, devotos da Tora’, surgidos no seculo 2 antes de Cristo. Opositores dos Saduceus, criam uma Lei Oral, em conjunto com a lei escrita, e foram os criadores das sinagogas. Quando Jerusalem foi destruida, ruiu tambem o poder dos Saduceus, cresceu, automaticamente a influencia dos fariseus dentro da comunidade judaica e se tornaram precursores do Judaismo Rabinico. A palavra “fariseu”, na verdade, significa “separado” ou “santo”.
Fanaticos e hipocritas que apenas manipulam as leis para seu interesse, Esse oposicão ferrenha ao cristianismo, rendeu-lhe atraves dos tempos uma figura de comportamento deu origem ‘a ofensa usada nos dias de hoje, quando se quer ofender uma pessoa no sentido de chama-la de falsa em relacao a religiao.

     
Ha uma parábola sobre dois grandes pecadores contada por Jesus.
Um tinha consciência de que era pecador e o outro não se achava nem um pouco.
O que sabia que era pecador se humilhava na presença de Deus
O que achava que não tinha pecado se exaltava diante dos homens.
Se tivéssemos a oportunidade de observar esses dois enquanto adoradores poderíamos perceber coisas interessantes, tais como:
Enquanto um procurava o melhor lugar o outro ficava de longe.
Enquanto um se exaltava nas suas façanhas o outro se humilhava ao pó.
Um se achava necessitado de misericórdia o outro de reconhecimento.
Um adorava a Deus e o outro a si mesmo.
Os dois desprezavam: um a si mesmo, e o outro, aos outros.
Um pedia justiça, o outro, misericórdia.

Vamos imaginar o fariseu na igreja, procura por todos os meios oportunidade para fazer algum discurso diante de Deus e diante dos homens.
(Conhece alguem que fica com raiva quando não se lhes da oportunidade?)
O texto bíblico diz que o fariseu, orava de si, para si mesmo e para os que podiam ouvi-lo. Se gloriava de não ser adultero ou  ladrão e não poderia ser comparado aos outros homens. Era muito melhor do que o publicano, dizia ele.
Tudo isso e’ bom mas, não salva!
Se gloriava de ser honesto, com os homens e com Deus e
dizia: “não sou injusto”.
Poderia ate ser verdade e e’ bom mas isso também não salva!
Se gloriava de sua vida religiosa (Jejuo 2 vezes e dizimo...)

Jesus não esta condenando nada do que ele fazia... mas sim querendo mostrar a atitude errada em querer ser justificado através destas coisas (fosse assim muita gente boa que não tem Jesus seria salva, nesse caso pra que então veio Jesus?)
O fariseu podia ser alguém justo e bom, mas sua natureza era ma’, julgava , não era imoral mas tinha o coração pleno de orgulho, as obras das suas mãos eram melhores do que as obras do coração, dividia o mundo em dois grupos, ímpios e santos, maus e bons, sendo que ele era o único a fazer parte do grupo dos bons e santos, o resto da humanidade estava no primeiro grupo.

Agora vamos ao publicano na igreja: Ficou de longe, nem levantava os olhos, evitando se aproximar de Deus por se achar indigno. Reverente, veio pra orar e não para “pregar” pra Deus, não veio pra fazer e nem sabia fazer discurso.
Penitente, batia no peito, se achando o maior pecador da terra, talvez o único, parece saber que tem um coração mau, quer um coração bom  e diz: “O’ Deus tem misericórdia...”

Vem ‘a presença de Deus confessar o seu pecado. A única coisa que reconhece ser merecedor e’ do titulo de “pecador”. Não tem obras de que se gloriar, porque sabe que todas as suas obras são ruins, não tem justiça própria sobre a qual se apresentar... nada tinha feito digno de apresentar diante de Deus. Se sabia um pecador e não tentou mostrar algo diferente diante de Deus.

Não confiava em si mesmo,  não confiava nas obras, nem exigiu nada de Deus. Só creu e pediu misericórdia.

Com qual dos dois nos identificamos mais?
A pergunta não requer uma resposta, requer uma avaliação.
Quando oramos, nos parecemos com o fariseu ou com o publicano?

As diversas traduções da Bíblia em portugues trazem diferentes textos e umas dizem que o “fariseu orava”, outras dizem que “orava no seu intimo”, outras dizem que ele “orava de si para si” , isso porque o original (grego) quer dizer que ele orava, mas ao mesmo tempo ele mesmo recebia a oração. Ele orava para Deus mas ele mesmo estava gostando daquela oração mais do que o próprio Deus. (e possivelmente dizia no seu intimo para ele mesmo: “como eu sou bom!”)
Ele cria estar orando ‘a Deus, entregando a sua oração ‘a Deus mas ele próprio e’ quem recebia tudo aquilo, adorava o próprio ego... portanto, orava de si para si, diz a Escritura.
Tudo porque a sua oração não era um ato de contrição, de adoração ‘a Deus, ele estava ali adorando a si mesmo e a tudo quanto fazia, estava ali não para exaltar a Deus, mas para exaltar a si mesmo e tudo quanto fazia, estava ali não preocupado em reconhecer a gloria de Deus mas a sua própria gloria.

Não fazemos o mesmo quando oramos?

Vamos parar por um instante e analisar nossas orações, principalmente as que fazemos em publico?
Oro a Deus ou massageio meu ego?
Oro a Deus com suplica ou estou apenas e tão somente buscando acertar a vida espiritual para ser visto como melhor que os outros.
Estou preocupado em glorificar a Deus ou simplesmente quero estar sendo visto como o “cara” que tem uma boa conduta, que e’ forte e que tem uma proximidade maior com Deus, ou seja “status” espiritual.
Talvez esteja preocupado porque não esteja me sentindo “santo” o bastante.
Olho pra mim mesmo agora, e me vejo “fariseu”!
Porque nunca me preocupei com a gloria de Deus mas sim com a minha reputação e prestigio.
Quando oro mais, quando jejuo, quando me consagro, quando me arrependo, quando levanto as minhas mãos, quando oferto, quando sirvo, quero realmente, que a gloria do Senhor apareça e que nada seja dito a meu respeito, que nem se lembrem de mim, nem sequer me notem ao redor?
Estará a gloria de Deus sendo foco, quando me envolvo em algo como ajudar alguém, falar do Evangelho e do Reino de Deus?
Ou é só para que minha consciência diga ao final: “bom trabalho”.

Onde foi parar o: “seja feita a tua vontade e não a minha?”
A TV esta cheia de ameaças, de desafios, de ousadias, de abusos de homens e mulheres esbravejando com Deus em gritos:   “E’ agora!” ou, “Vai ser assim, porque estou dizendo...”, ou ainda,     “vai acontecer porque estou determinando!”
Pseudo pastores ameaçando rasgar as Bíblias se não se cumprir o que determinaram.
Perdeu-se a noção de perigo e o mínimo de bom senso já não existe mais para a maioria de desatinados atrás do púlpito ou de um microfone.
A gloria disso tudo pra quem e’? Pra Deus?
Seguramente a maioria dessas orações esta fazendo crescer a gloria daquele que ora e não do Deus que fez acontecer e é por isso que os milagres de verdade não acontecem como antes, porque quase nunca a gloria de Deus é o alvo.

Vamos analisar isso friamente: Quando peco, me sinto mal porque estou sujando a gloria e o nome do meu Deus ou porque a minha consciência ficou pesada?
Quando erro e sou apanhado no erro, choro depois de arrependimento porque ofendi o meu Senhor e ‘a sua santidade ou porque de certa forma “perdi” o meu “status”, minha posição, minha “fama” espiritual.
 A verdade de 1º Coríntios 10: 31 “quer comais, quer bebais... Faça tudo, tudo para a glória de Deus exige que “tudo” na minha vida, enquanto cristão, se é que o sou, seja para exclusiva gloria do Pai Celestial e nada pra mim.
Tem sido assim?
Se eu oro... Não para que a glória d'Ele seja manifesta, mas se eu oro de mim para mim porque quero ter uma "vida espiritual mais elevada”, isso não é uma oração para Deus. Deus não recebe esse tipo de oração, até porque eu sequer estou entregando essa oração a Ele, e então sou igual ‘aquele fariseu da parábola.
Deixe-me aprender melhor a respeito da atitude do publicano para poder dizer como João o Batista disse a respeito de Jesus:
“Convém que ele cresça e que eu diminua” e que toda a gloria a partir daí seja verdadeira e exclusivamente d’Ele.