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domingo, 4 de dezembro de 2011

Pros curinguentos e amigos que gostam de cronica e tem paciencia de ler. Enjoy! “Sócrates” Um astro de primeira grandeza pode ser quase perfeito, pode ter falhas, fraquezas, frustrações, desencantos, emoções. Como qualquer outro mortal ele tem um inicio e um fim, mas há alguns que se destacam e é isso que os torna especiais. “Imortal”, mesmo que só na memória da historia. De verdade o que caracteriza um astro é como ele se comporta, como executa suas funções e de como é visto pelos amigos e ou “inimigos”. Fazemos esse preâmbulo todo, simplesmente para anotar aqui umas poucas linhas sobre alguém que esteve entre nós por quase 58 anos e que se despediu hoje pela amanhã, sem dizer palavra. Seu nome? Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, que foi tao grande quanto o proprio nome. Nascido em 19 de Fevereiro de 1954, uma quinta feira tranquila, pelas orlas do grande rio Amazonas em Belem do Pará. De primeira grandeza na maneira como se portava, como executava sua arte, jogar futebol, e de como foi, como tem sido e será sempre considerado por todos... Um craque! 1954 foi o ano no qual a Seleção Brasileira de Futebol tornava oficial o uso do uniforme, camisas amarelas e calções azuis, durante a Copa do Mundo disputada na Suíça. Também essa, foi a primeira Copa do Mundo a ser televisada. Parecia que o destino estava “carimbando” o menino Sócrates, nasciam com ele, ferramentas que iria utilizar na trajetória da sua carreira de atleta. Estavam sendo preparados naquele ano, o uniforme que ele usaria pelos gramados do mundo bem como a tecnologia de transmissão de imagens que mostraria a sua grandeza ao mundo. Foi estudar medicina e se formou, mas não teve como mudar o que já estava traçado desde sempre. Craque que era, fez brilhar a equipe de futebol da cidade que o adotou, Ribeirão Preto, depois foi fazer brilhar nada menos que o Sport Club Corinthians Paulista, de onde saltou para a Seleção Brasileira, para o mundo e conseqüentemente para a historia. Magro, alto, mas elegante na maneira de jogar e com um jeito todo peculiar de comemorar o gol, caminhava alguns passos e ficava estático com o braço direito levantado. Depois de algumas reclamações de que “não vibrava”, ele começou a correr e saltar pelo gramado depois de cada gol, como um menino a brincar no quintal de casa. Tão nobre e tão simples, tão grande e ao mesmo tempo, tão singular, tão brilhante e ao mesmo tempo, tão humilde. Unanimidade nacional e internacional em todos os seus atributos nunca deixou a fama ir alem dos seus limites. Bom cidadão, defendeu sua própria cidadania e a liberdade de expressão, defendendo a sua classe profissional e os amigos. Nos deixa assim como veio, sem muito alarde, na manha de um dia em que o time que o adotou como “craque eterno”, o Corinthians, se preparava para conquistar mais uma estrela. Mais uma estrela que será colocada no uniforme, junto ao emblema do time, na altura do peito, uma estrela que se confundira com ele, Sócrates, estrela que sempre brilhara na altura do peito de cada bom Corinthiano. Descanse em paz, bom guerreiro, vamos ter saudades. (João Florentino DaSilva/ 4 de Dezembro de 2011 Orlando – USA)