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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O pedido de apoio ‘a Dilma e...
(por Silvano Correa)



(Silvano Correa no Folha de São Paulo online, terça-feira, 4/01/2011)
Quero apelar aos meios de comunicação em geral e aos formadores de opinião em particular para que dêem um voto de confiança à presidente Dilma. Minha opinião é que ela, em sua histórica posse, demonstrou inteligência, coragem e sensibilidade, com personalidade forte e independente.Vários fatos comprovam isso. Manteve sempre a simplicidade e a clareza de comunicação, sem tergiversar ou apelar para a demagogia ou populismo. Respeitou o protocolo de forma justa e despretensiosa, dignificando o cargo que assumiu. Não teve medo de abordar assuntos delicados, como sua participação na Revolução de 64. Colocou em pauta reformas importantes, mas não mencionou o faraônico projeto do trem-bala. Foi corajosa ao revelar seu amor à pátria, beijando a bandeira nacional. Teve sensibilidade ao reverenciar os que tombaram na defesa da liberdade e dizer que não guarda mágoas ou rancores daquele triste período.Disseram na Rede Globo que ela iria trocar o vestido branco por um vermelho. Não o fez, demonstrando querer evitar o sectarismo partidário e buscar a união. Foi muito clara ao oferecer a mão a todos, inclusive à oposição, pedindo apoio por um Brasil melhor.Por tudo isso, peço uma trégua e um voto de confiança. Acho que Dilma Rousseff iniciou bem seu mandato, dando uma mensagem de alto nível com propostas e desejos de que o Brasil precisa. Creio que, enquanto mantiver essa linha, ela merece nosso apoio.


...as razoes da negativa.
(por João Florentino)
Caro Silvano, creio ser oportuno o seu apelo, pedindo um voto de confiança na presidente Dilma, e louvável a sua disposição em fazê-lo, mas, se existem razoes para que eu o faça existem muito mais motivos para que não. Respeito a sua opinião e concordo que a posse foi histórica, visto nunca ter-mos tido uma mulher como presidente do Brasil, mas recordando os fatos, não posso concordar possa ter demonstrado inteligência, não e’ possível que tenha muita, deve ter sim, como você diz: coragem, sensibilidade, com personalidade forte e independente.
Você diz que vários fatos comprovam que “ela manteve sempre a simplicidade e a clareza de comunicação”, o que nunca vimos em nenhuma de suas falas, diz também que ela o fez “sem tergiversar”, o que e’ lógico, ate porque ela nem sabe o que e’ tergiversar, nem saberia “apelar para a demagogia” porque todas as suas “boas” falas são escritos que ela mal consegue ler, já a questão do populismo este esta implícito e, diga-se de passagem, metade da nação, que não votou nela esta fora dessa “popularidade atribuída”. Respeitar o protocolo seria o mínimo a fazer, mesmo porque estava ali,
“conduzida”, para não cometer gafes para não dar motivos justos aos críticos de plantão. Não podemos esquecer que o discurso de posse foi previa e cuidadosamente montado por alguém profissionalmente competente nisso, daí a falta de “medo em abordar assuntos delicados, como sua participação na Revolução de 64”.
Você diz que ela “foi corajosa ao revelar seu amor à pátria, beijando a bandeira nacional”, ora, vemos isso todas as vezes que a Seleção Brasileira de futebol entra em campo, dezenas de pessoas agarrados, beijando e enrolados em Bandeiras do Brasil sem precisar de nenhum ato de coragem para isso. A sensibilidade “ao reverenciar os que tombaram na defesa da liberdade”... Que liberdade? Não esqueça que o movimento que ela defendia e defende era anterior ao período chamado de “ditadura” e não buscava liberdade, mas buscava, sim, mergulhar o pais em um sistema comunista da pior espécie que e’ o que estão fazendo pouco a pouco desde o primeiro mandato do presidente que ajudou a elegê-la, com o “emburrecimento” do povo e destruição completa de valores cívicos e morais.
Não trocou o vestido branco por um vermelho para não ficar tão mal na foto para aqueles que não concordam com o sistema “vermelho” que eles adoram e, creia, a única união que busca e’ em torno do PT e dos “sem terra”.
O oferecer a mão, nada mais e’ do que um ato que faz valer o adágio popular que diz: “não pode com seu inimigo, junte-se a ele”.
Desculpe estar parecendo pessimista demais e descrente ao extremo quanto a essa senhora, mas tenho a dizer que por tudo isso, não posso dar trégua nem um voto de confiança em alguém que praticou terrorismo, assaltou bancos e pessoas, participou ativamente de assassinatos, tentou e faz com que o pais que amo mergulhe em um sistema comunista nocivo e falido, mente, faz parte da maior quadrilha já instalada no governo brasileiro e se orgulha de tudo isso.
Dilma Rousseff pode ter “iniciado bem seu mandato”, como você diz, “dando uma mensagem de alto nível com propostas e desejos de que o Brasil precisa”, e você sabe que tudo isso e’ discurso, mas vou tomar a mesma conduta que me rege cada vez que me sento em uma cadeira no teatro ou em um recital de musica, se for bom, vou aplaudir no final e espero que possa, não só aplaudir, mas, me por de pe’ e pedir bis.
Orlando/4 de janeiro de 2011


Perdedores! (cronica)


Quando garoto, isso já faz algum tempo, aprendi na escola, uma historia a respeito do Brasil, que relatava descobrimento, império, escravidão, guerras, inconfidência, libertação de escravos e republica.
Anos mais tarde fui percebendo, conforme buscava conhecer mais a respeito do inicio de tudo, que muita coisa tinha sido alterada, muitos personagens outrora “fora-da-lei”, agora figuravam como heróis, outros que tinham sido heróis, foram transformados em vilões, partes da historia que deveriam ter sido contadas cruamente, estavam maquiadas para dar um sabor de patriotismo maior ao povo, escondendo-se o lado feio, sujo e bandido de determinados personagens quando conveniente.
Coisas vis e más foram tidas e havidas como boas... Coisas boas e bonitas foram consideradas extremamente maléficas.
Assim se escreveu a historia do Brasil, massacres, traições, violência, invasões de terra, escravismo brutal de índios e depois de negros, politicagens, saques das riquezas da terra em benefícios de nações de alem mar que em nada e nunca contribuíram para a nova nação e seu povo.
Assim se formou, assim cresceu, ate chegar a ser considerado grande, apesar de fatos mal contados e de mentiras históricas, afinal, todos os países tem pelo menos um pouco disso.
Sempre li muito a respeito da formação de algumas nações, antigas ou não, gosto de historia, mas não me lembro de outra nação onde os fatos se repitam com tanta similaridade de tempos em tempos.
O Brasil e’ assim, um eterno circulo vicioso de tramas, golpes e falcatruas onde, parafraseando Lavoisier “nada se cria, tudo se repete” e o interessante e’ que só o que não presta se repete. O que e’ bom, não!
Ate’ porque, não há muita coisa boa para ser repetida.

O ponto e’ que quando se trata de uma historia longínqua da qual eu só sei o que me contaram e da qual eu não posso alterar vírgula alguma, me conformo, deixo pra la’, mas quando a historia e’ a que eu estou vivendo, atual, da qual faço parte,  não há como aceitar que ela seja recheada de safadezas, golpes, armadilhas e espertezas, cheia de sujeira moral e ética, cheirando mal em todos os aspectos.
Não, não e não!
A minha historia tinha tudo para ser escrita com tintas verde e amarelo do patriotismo e do amor pelas cores e coisas nacionais, sem exacerbamento mas, uma escrita limpa, bonita, cristalina, da qual eu não me envergonhasse.
Não tinha que ser uma historia pintada de vermelho, um vermelho importado de países de ideais comunistas onde se derramou sangue aos borbotões e não deveria descortinar um futuro tão escuro como o que se mostra,  não deixando duvidas de que mergulhamos em um tempo de trevas e sabe Deus quando e se vamos sair dele.

Pois e’! E’ essa historia que deveria estar sendo escrita hoje por todos nos, poderia estar sendo escrita de forma nobre, límpida, fiel, com cores bonitas, mas ao invés disso, esta sendo escrita de forma vil por facínoras, que se autodenominam heróis e que na contramão dos avanços da humanidade lançam o povo no mais profundo “emburrecimento”, coisa nunca vista “na historia desse pais”.
Uma historia que transita entre dois séculos recheados de descobertas maravilhosas, onde a ciência se multiplica atropelando o próprio conhecimento, uma historia que fala de todos nos brasileiros, miscigenados, sem raça, sem cor, sem credo e que poderia estar sendo colocada nas paginas da existência da nossa nação de maneira a que todos nos pudéssemos nos orgulhar quando outros as lessem, mas não tem sido assim.
A forma como esta sendo escrita mostra algo grave, mostra que  perdemos há muito o bom senso. Deixamos que a escrevam como bem entendam, alguns permitem isso pelo comodismo, outros pela fome, como o Esau’ da Bíblia trocamos o direito de ser alguém e de aprendermos a ganhar o próprio sustento, por um prato de comida gratuita, outros ainda, pela ignorância ou incapacidade de discernir entre o bem e o mal e assim, perdemos.
Perdemos!
Não a eleição!
Estamos a perder já faz muito tempo e não nos demos conta disso!.
Perdemos a nossa cultura e cabe perguntar: Onde estão os nossos heróis de verdade aqueles que contribuíram para o engrandecimento da terra a que pertenciam, onde estão suas casas, seus inventos, suas memórias?
Perdemos a nossa identidade, hoje somos um povo tido como “sem garra”, passivo, que não luta pelo que e’ justo, não luta pelos direitos (direitos?) somos uma mistura de tudo e ao mesmo tempo somos ninguém. Cada um espera que o outro vá ‘a luta, se ele se der mal, azar dele, mas se ele se der bem eu vou estar nessa, levando a minha parte da vantagem sem sacrifício.
Perdemos a fe’ e pelo meio do caminho e ao invés de confiarmos em Deus confiamos no poder da mandinga, do patuá, da figa, do galhinho de arruda atrás da orelha, da folha de fedegoso, do sal grosso, da vela de sebosa ou parafinada, dos cheiros mágicos, dos óleos poderosos das águas bentas, das comidas, das farofadas, das cachaças, dos dedos cruzados, das rezinhas fortes que me poupam do esforço de lutar pelo que e’ direito.
Perdemos a vergonha e essa foi a mais grave das perdas... não me atreveria a escrever algo a respeito porque seria repetitivo, tantas outras vozes tem se expressado nestes últimos dias, com gritos que poucos ouvem, penas que se encharcam de tinta e tentam mostrar que o caminho era outro, que nos equivocamos, sem que se lhes de a menor das atenções.
Certo de que não expressaria tudo aquilo que me vai na alma e estaria longe de descrever com exatidão o que e como precisaria ser dito, lanço mão de um poema escrito por Cleide Canton que poucos sabem quem e’, onde diz:
Sinto vergonha de mim!  
"Por ter sido educadora de parte desse povo,
 por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade e por ver este povo
já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim,
por ter feito parte de uma era, que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez no julgamento da verdade,
a negligência com a família, célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade" em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar atos criminosos,
a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre "contestar",
voltar trás e mudar o futuro.  
'Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra,
das minhas desilusões e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade. 
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!”
Em verdade, não sinto vergonha de mim enquanto pessoa, mas, há uma vergonha manifesta enquanto cidadão, por talvez não ter sabido lutar o suficiente para que meus descendentes tivessem um futuro melhor e mais digno e por ver que... perdemos!
Não estou me referindo a Lula ou a Dilma, expressões menores dessa perda quando colocados ao lado dos valores morais e espirituais que deixamos ao lado do caminho sem sequer nos lembrar de quando aconteceu isso.
Lula e Dilma são simplesmente uma conseqüência disso tudo e, como todas as conseqüências, temos que viver com ela, gostemos ou não!

Perdemos a chance, como tantas outras vezes perdemos tantas outras chances de fazer o melhor, de fazer direito, perdemos elegendo a mentira ao longo dos anos, como sempre fizemos, enaltecendo a malandragem, o conchavo, a safadeza, a esperteza, o golpe, o crime, a “trampa”, a pilhagem.
Não a elegemos agora em 31 de Outubro de 2010, desde ha muito a gente vem elegendo este elenco de coisas, somos parte disso, e’ como um vicio que quando tentamos deixar ele não permite... uma doença incurável, só um milagre poderia fazê-lo.
Resta-nos observar filhos e netos caminhando por um caminho que não construímos, tendo uma cultura que não cultivamos, vivendo e escrevendo uma historia tão ou mais mentirosa do que aquela que aprendemos na nossa infância por não terem aprendido coisa melhor de nos.
Resta-nos chorar a dor de ver todos os valores cívicos, morais, e espirituais pelos quais tantos morreram, a começar pelo nosso Mestre Jesus Cristo, serem desprezados e ate erradicados do nosso cotidiano.
Rui Barbosa, figura ilustre, que se perde no tempo e na memória de uns poucos dizia nos idos de 1914 em um discurso para os senadores da época, palavras  que parecem terem sido inspiradas pelos acontecimentos dos anos recentes deste novo século:
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”


Resta-nos sentir junto a essa vergonha, a ultima gota de sangue ser, não derramada em um campo de batalha na defesa da honra e do bem, mas ser sugada sutilmente por uma alcatéia voraz que se apoderou de tudo o que havia de sagrado e de belo no nosso torrão natal e esperar que Deus, tão desprezado como tudo o mais, use de sua infinita misericórdia para restaurar, algum dia, a nossa sorte... mas, por enquanto... continuamos perdedores...


Orlando/nov/2010

Arrepende-te!

Já’ desde os últimos anos do século passado caminhamos por uma época chamada de “pós-moderna”, e a mais forte das características dessa época e’ a busca desenfreada por coisas novas, talvez pelo avanço da ciência que a cada dia traz dezenas de novidades em todos os campos de atuação. Traz também uma carga fortíssima de desconfiança da razão, muitas e novas “verdades”te aparecido todos os dias, o individualismo impera colocando os indivíduos de volta a um estilo de vida muito parecido com aquele do homem das cavernas, sem falar no consumismo desesperadamente destruidor, moldando crianças e jovens a um estilo de vida fútil e falso.

Quando Jesus chega ao nosso planeta trazendo a Boa Nova, tudo era mais ou menos parecido com isso, então o Cristianismo começava exatamente em uma situação muito semelhante ao que temos hoje; muitas religiões e cultos sendo
praticados.

Um paganismo fortíssimo, uma resistência feroz a tudo que se chama “compromisso com Deus”. Posso ter compromisso com time de futebol, com o clube do qual sou sócio, com o emprego, com alguém de quem gosto, mas com Deus... e’ muito difícil.

Alguém disse que a “igreja Cristã hoje é ignorada pelo mundo”, na verdade ela não e’ ignorada pelo mundo, o mundo sabe que ela esta ai, só não sabe para que ela existe e isso por conta do descaminho, podemos dizer assim, que o evangelho moderno tomou, se igualando a muitos outros movimentos religiosos
de origem pagã ou pseudo cristãs e que minaram as doutrinas decorrentes das reformas efetuadas a partir do desligamento de grupos daquela igreja oficial, existente na idade media e que tinha se enveredado por caminhos obscuros de política misturada a religião e de vendas de tudo o que pudesse ser negociado dentro das assembléias, buscando, esses grupos voltar ao caminho estreito de uma igreja pura, santa, imaculada, como a descrita na Bíblia.
Pois bem, a nossa forma de ser e pregar tem mudado, hoje há uma linguagem toda peculiar nos púlpitos, o vocabulário soa bastante empresarial e cada culto tem um tom bastante próximo a um seminário de auto-ajuda.
Os cultos se transformaram em programas praticamente televisivos que tem que seguir determinado padrão como se de outra forma não fossem aceitos por Deus.
A reverencia deixou de existir e em lugar disso entrou a descontração.
O bem estar do adorador se faz mais importante do que a necessidade de humilhação na presença de Deus. Templos suntuosos, ar condicionado perfeitamente computadorizado, musica e músicos perfeitamente ajustados ao assunto e ao gosto do “freguês”, prédios bem aparelhados e caríssimos que mais parecem “louvar”  os seus arquitetos, o louvor e adoração deixaram a liturgia para obedecer agora a um elevado clima emocional, dando lugar, muitas vezes a histeria coletiva ou a picos de emocialismo individual que se apaga tão logo o som do teclado ou da voz cessam.
Não temos mais um culto como pede a Escritura, racional, de corpos santificados, de Romanos 12 ou adoração verdadeiramente pura como requer Jesus, quando ensinava ‘a mulher samaritana, perto do poço, descrito em João 4.24 e é cada dia menor o numero dos que querem adorar em Espírito e em verdade.

Não há a menor dificuldade hoje em entender palavras
ou empecilhos em assumir conceitos que fazem parte de outros grupos religiosos contrários ao cristianismo.

 Isso se nota quando vemos cultos, principalmente neo-pentecostais onde a descaracterização do evangelho verdadeiro e’ gritante, onde aparecem as crendices em “simpatias”, copos d’água em cima do rádio (ou televisão), colocar a mão na tela da TV,  benzedeiras, ressuscitando, trazendo de volta todas as superstições populares da Idade Média, como vendas de “óleo consagrado”, “água do Rio Jordão”, incenso, sal grosso, vela, rosa ungida, lenço ungido, lasquinha de cruz, galhinho de arruda atrás da orelha, vassourada de arruda molhada em água benzida,etc.

O ensinamento de estar de bem com Deus na fartura ou na escassez de
(Fp 4.11; 1Tm 6.8; Hb 13.5)
foi substituído pela “diabólica” teologia da prosperidade com seu vocabulário sem significado, “eu repreendo”, “eu declaro”, “tá amarrado”, “eu determino”, um evangelho cheio de “sementes” e que não é  a semente do evangelho a única semente de que Jesus falou, cheio de promessas, que passam bem longe da promessa de vida eterna e que aprofunda raízes de cunho monetário nessa vida temporária.

Um Evangelho, onde não somos mais salvos pela Fe em Jesus, mas pela “obediência” em “plantar” ou pela quantidade de dinheiro que se “planta” ou por uma centena de diferentes itens exigidos por alguém, como condição para assegurar a salvação ou estar qualificado para ela... exatamente como era antes da reforma iniciada por Martinho Lutero.
E’ urgente que estejamos preparados porque, a descaracterização da igreja (instituição) e’ evidente, inexorável e perigosa e devemos estar atentos a isso para que a nossa fé não seja abalada e para não percamos o rumo nos afastando do verdadeiro caminho que conduz ao céu. 
 Se queremos continuar fazendo parte da igreja verdadeira, Então devemos relembrar, a necessidade de buscar entender as Escrituras, a doutrina da trindade, que nos ensina que Deus é o Pai, o Filho e o Espírito Santo, o ofício e a obra de Cristo, verdadeiro Deus, verdadeiro homem, o pecado e a culpa, expiação, regeneração, a fé e o arrependimento, a justificação, a santificação como obra do Espírito, julgamento, céu e inferno, e, em tudo isto, denunciando a diferença que existe entre o cristianismo verdadeiro e bíblico e o cristianismo (evangélico) hipócrita e nominal.

Devem ser encorajados meios para incluir os vários dons espirituais dos cristãos no ministério de nossas igrejas, lembrando que cada crente é importante e tem um ministério necessário no Corpo de Cristo (Rm 12.4-8; 1Co 12.8-11, 28-30; Ef 4.11-16; 1Pe 4.8-11). Ao mesmo tempo, todos os membros deveriam estar conscientes de suas responsabilidades de mútua submissão e auto-doação na comunidade em que participam (Ef 5.18-21), fazendo assim, que o mundo veja uma Igreja forte, sem nomes, sem placas, sem denominação, como era em Atos capitulo 2.

Assim, Deus deixara de ser essa força sempre disponível quando conveniente e só quando conveniente, para ser um organismo vivo, permanente e atuante dentro de cada um de nos através do Espírito Santo, na simplicidade da nossa medida.

Assim, o pecado vai incomodar e ao invés de buscar justificativas, vamos procurar nos afastar dele.

Assim sairemos da fase infantil para a maturidade e ai então poderemos entender as mudanças todas deste século e da igreja e teremos então capacidade de analisar tudo e reter o que seja bom pra nossa vida espiritual
podendo assim, cada um de nos, assumir a nossa posição dentro da verdadeira igreja de Cristo  (Ef 4.11-16).

E então, estaremos inseridos na classe daqueles que fazem parte do que esta escrito no livro de Colossences, capitulo 3, e que buscam ser a igreja verdadeira.
Estou nessa!

O mais longo salto da história... (cronica)

 
1954...
Naquele ano, segundo nos conta a história, entre outros fatos importantes o Brasil, mais uma vez passa por uma Copa do Mundo de Futebol sem a tão sonhada conquista do título de campeão mundial.
O país  perde tambem o seu político mais importante, o presidente Getúlio Dornelles Vargas.
Esta mesma história registra, que naquele mesmo ano, na então quase inexpressiva cidade do interior Paulista, chamada Piratininga, nascera, como tantos outros, um menino e que o Registro Civil de Pessoas Naturais atestava o nome escolhido pelo pai: João Carlos de Oliveira.
De família muito pobre, mesmo assim fora recebido com festa. Três ou quatro garrafas de cerveja servidas em algumas canecas de lata entre os amigos mais chegados, cigarros “Mistura Fina” que foram distribuídos para completar a animada conversa sobre o recém chegado que já passara a ser chamado de Joãozinho.
Joãozinho teve uma infância típica de menino pobre de cidade do interior, brincadeiras com os coleguinhas da vizinhança, sonhos de ser Polícia (e qual é o menino que nunca sonhou ser Polícia, Bombeiro, Motorista de ônibus  com aqueles uniformes bonitos, envergados garbosamente ?). Era assim em todas as vezes que a brincadeira exigia de Joãozinho, um posicionamento mais específico lá estava ele gritando: -- Eu sou o polícia!
Assim passaram os primeiros anos até entrar para a escola primária onde faria novos amigos e onde também, por sugestão da professora, ele passa a ser chamado de João, “Nada de diminutivos por aqui!”, dizia ela, e completava” você esta dando um grande salto na sua vida e para tanto é melhor começar corrigindo estas pequenas coisas”.
A vida corre inexorável, foram-se os anos de infância  e agora o rapazinho já  quase terminando a adolescência percebe que a vida é um pouco mais difícil do que seu pai com todas as dificuldades deixara transparecer para ele. Já procurava um emprego fixo, tarefa dificílima por aquelas paragens, problema vencido por alguns poucos afortunados.
Repentinamente surge uma nova etapa na vida de João. Mais um salto? Era! Uma paixão!
A primeira... era uma menina da vizinhança , 16 anos, morena, linda... e veio logo dizendo:
--Pra mim você a partir de hoje é João Carlos...
E ele mais uma vez observava o seu nome sendo modificado, já estava se acostumando as mudanças e o namoro seguiu firme.
No ano seguinte o alistamento militar... e lá vai ele, lembrando-se daquele sonho de menino, que era mais uma brincadeira do que sonho, ser não um policial, mas, um soldado.
Defenderia não simples cidadãos de bandidos imaginários, como nos seus folguedos, mas estaria a serviço da Pátria, defendendo a honra de seu país, e a partir daí já não seria mais João Carlos, passaria a ser chamado obrigatoriamente de Soldado Oliveira...
Descobre no Exército uma nova e maravilhosa etapa de vida. Já o fizera na escola, por Ter as pernas longas, por ser ágil e leve, por ser determinado, mas ali, isto se tornava literalmente o grande salto da sua vida... ele fazia parte da equipe de atletismo do seu grupo militar, por seu desempenho brilhante vieram medalhas nos jogos do Exército, e agora já Sargento, recebera de seus superiores licença para participar de todas as competições oficiais pelo território nacional.
Explode um novo,  brilhante e quase inacreditável fenômeno nacional numa modalidade esportiva  já quase esquecida desde os feitos dos grandes Nelson Prudêncio e Ademar Ferreira, o Salto Triplo.
Recordes nacionais, Sulamericanos, Panamericanos todos vão sendo vencidos numa velocidade espantosa... Chega a primeira Olimpíada...O mundo o reverencia...
Mais uma vez ele vê seu nome modificado pelas circunstancias de uma nova fase de sua vida. Deixa de ser o Sargento Oliveira para ser conhecido e respeitado pelo mundo afora como o glorioso JOÃO DO PULO.
Cidadão do mundo... De competição em competição, de recorde em recorde era cada vez mais admirado pelos amigos, conterrâneos e adversários. Cumpria mais esta etapa de sua vida que seria provavelmente a mais duradoura, não fosse um estúpido acidente de carro ocorrido na noite do dia 22 de dezembro de 1981  na Via Anhanguera, em Campinas.
A partir daí, toda a capacidade física, mental e espiritual, toda a fibra daquele herói nacional seria posta a prova, uma barreira que se apresentava intransponível. Talvez a mais dura prova de toda a sua vida e com certeza se iniciava aí um longo e demorado salto.
João do Pulo perdia uma de suas pernas por amputação... Era como se cada um de nós brasileiros tivéssemos perdido as nossas próprias... Não saltaríamos mais pelas pistas do mundo, não nos levantaríamos mais, na pessoa dele, com o punho erguido e o peito cheio de orgulho por “ter sido o melhor”.
Parece que ele depois da desabalada carreira, após ter tirado os pés do chão, teimasse em não completar a sequência da tarefa empreendida... Era realmente o início de um longo e doloroso salto na vida dele, salto que após muita dor e sofrimento na madrugada de 22 de maio de 1999 nos fez ver que não havia derrota apesar de tudo, mas que se prolongara pela eternidade adentro, levando-o até a presença de Quem dera a ele todas as possibilidades vividas aqui  e de Quem com certeza ouviu o seu novo nome... após ter completado, este que com certeza foi o maior salto da sua história...
 Já não seria mais chamado João do Pulo, mas, João de Deus...

Crônica escrita e apresentada no dia 9 de junho de 1999 como exercício da aula de
Pratica de Locução pelo aluno João Florentino Da Silva no Senac de Campinas.

Good Boy!


A infeliz e inoportuna frase dita pelo Presidente dos Estados Unidos Barack Hussein Obama ao então Presidente do Brasil Lulla da Silva, desencadeou uma verdadeira “tsunami” de escritos louvando o dito cujo elogiado e em lendo um deles não pude me conter e ai vai a resposta, onde ele, o colunista reclamava da dura vida de escritor de jornal que “tem” que escrever algo sempre que acontece um fato importante (como o elogio)).

Senhor Marcelo Cunha, tenha paciência de ler a minha crônica como eu tive de ler a sua, realmente deve ser dura a vida de colunista, mole mesmo e' a vida de operário que ganha salário mínimo e tem que sustentar a família com isso!
E realmente, deve ser verdade que o Presidente Fernando Henrique tenha tido inveja de ouvir um elogio inócuo desses.
Uma pessoa que diz que o relacionamento que ele tem com o etílico Lulla e com o PT e' o mesmo relacionamento que ele tem com as mulheres, deixa margem pra se imaginar que o relacionamento dele com as mulheres esta longe de ser uma coisa normal.
Certamente eu serei muuuito mais feliz a partir de hoje, sabendo a diferença entre "político competente" e "estadista", visto que, segundo o senhor Marcelo, Lulla e' estadista, logo, concluo, não e' um político competente, e o maior que tivemos, segundo sua própria analogia.
O que você chama de preconceito contra o Lulla, não o e', mas sim,bom senso.
Lulla, segundo voce descreve, teve, muitas infelicidades tais como, não ter o dedo, não ter conhecido o pai (a mãe a gente sabe quem e', não e' preciso nos dizer !), pode não ter problema algum com os dentes, pois o álcool, esta comprovado, e' um excelente conservante, quanto ao fígado, no entanto , não se pode dizer o mesmo, certamente ele tem e terá sérios problemas com.
Dizer que eleger o Lulla foi um momento sublime para os brasileiros e' mostrar exatamente qual e' o seu nível conhecimento das letras e do significado delas, "sublime", meu caro, e' algo quase celestial, para ser sucinto, e o momento do qual voce fala, aquele da eleição, foi sim, o maior desvario da historia. Isso só mostra o quanto a maioria do povo brasileiro esta sem rumo, desinformada, ignorante, cega.
O Brasil pode ter dado um salto sim, porque e' grande, porque tem tanto potencial que não cabe em si mesmo e vai dar muitos saltos mais, mas não por causa do seu etílico semi-deus...
Ser idolatrado pelos vizinhos da America Latina deve ser mesmo muito importante pois Pablo Escobar e outros similares o foram ao longo da historia. Ele também se "dedicava ao seu povo e defendia (e como!) seus interesses ao mesmo tempo em que (não tentava) integrava os que o rodeavam".
Falar da pompa de FHC, do bigode do Sarney, da letargia do Itamar, da truculência dos presidentes militares e' coisa de quem esta com falta de assunto bem como dizer que somos admirados... Por quem?
E que diferença de tratamento tem os viajantes brasileiros que vão para a Europa ou para qualquer outro pais do mundo por causa da ousadia do seu ídolo petista ? Alias o tratamento piora quando ele toca no assunto em qualquer lugar, como aconteceu aqui nos Estados Unidos quando ele falou com o Bush e a mira passou a ser apontada para os brasileiros que ate então estavam sossegados.
Lulla não tem que ter medo de ninguém, os lideres do mundo e' que deveriam ser precavidos com ele.
Quem faz parte de um G40 interno (referenciando Ali Baba' e os 40 ladrões) não se daria bem em um grupo muito menor, G20 ou G8, de pessoas decentes?
Ajudar Chávez e o índio boliviano alem da alcatéia interna, devem mesmo ser os maiores feitos desse molusco sindicalista e o Brasil não será mais o mesmo depois de provar o gosto de algum lucro vindo da Republica Bolivariana.
Garantir o empate em uma guerra de araque, como voce diz, e' a gloria extrema e me faz rir, porque só um insensato veria isso como algo notável.
Maravilhoso e' saber que abrimos varias agencias da Embrapa em países africanos para combater a fome, não tenho certeza se foram abertas nos países e lugares onde realmente ha fome, ou se são mais cabides de emprego para os "cumpanheros" , mas, e os nosso famintos do Brasil, ah, já sei, tem o bolsa tudo! Pois bem, só para citar um rincão brasileiro dentre tantos cheios de miséria e sofrimento (tem muitos como esse e piores ate') vou lembrar a voce o Vale do Jequitinhonha. Já ouviu falar dele?
Que tal mandar uma agencia do Embrapa pra lá, ah, já sei, já sei, os "cumpanheros" não iriam pra lá  não e' mesmo. Sugiro que voce meu caro colunista, procure saber algo sobre o povo desse Vale e ocupe a sua coluna ajudando a levantar recursos para ajudar aquela pobre gente a sobreviver.
O seu etílico amigo só viajou para os países árabes que tem tendências pseudo-comunistas como ele o seu adorável PT, e entendo que quando voce diz "comercio bom para todos", isso quer dizer, para todos "eles".
Aqui dentro, já que o Brasil também e' assunto, manteve a política econômica anterior e deu uma nova direção a ela... só mesmo alguém falto de entendimento e visão poderia enxergar algo assim... por acaso voce já reparou nas crianças em cada semáforo, nas favelas que aumentaram assustadoramente, no baixo nível das escolas, na escalada desenfreada do crime, realmente, em se tratando de manutenção ele o faz com maestria e melhora (quero dizer, piora) a cada dia.
Me negarei a fazer comentários sobre as pressões que elle sofreu, sobre o Kirchner, sobre a elite econômica instalada ou sobre a liderança louvada por voce, bem como não vou discorrer sobre o caso Ze' Dirceu, Mantega, fazenda do lullinha, dólares na cueca e outros tantos dos quais elle sempre "não sabia de nada". Alias um líder que sempre que inquirido responde com um "eu não sabia de nada" deve mesmo ser um bom L-I-D-E-R.
O Brasil pode ter muitos méritos meu "caro", o povo não ! E voce tem razão, dos partidos que  aponta e dos que não aponta o PT e' o mais generoso, principalmente quando se trata de criar uma horda de vagabundos ignorantes (desde que sejam eleitores fieis) dependentes de uma cesta básica ou de uma bolsa-sei-la-o-que. Por isso voce o escolhe não e' mesmo?
Cresceremos, principalmente porque esse crescimento independe de quem esta no poder, mesmo sendo um salafrario, um ladrão... Cresceremos! E não sei onde voce acha graça no gosto, no cheiro e na cor do objeto da sua adoração... elle, que delicia voce com a frase mais imbecil e racista dos últimos tempos e que hoje e' repetida no mundo inteiro como mostra de uma patente estupidez.
Que lastima essas pessoas que voce encontra de tempos em tempos não terem tido o privilegio de, como voce, ter aprendido no seu tempo de criança, quando seria muito mais fácil assimilar as coisas e talvez isso tivesse feito sua vida um pouco menos dura. Procure se orientar e saber o que ocorre com o política do seu "adorado" em relação ao ensino no pais, vai descobrir que elle esta fazendo pior do que sempre foi e voce vai ter o privilegio de encontrar cada vez maiores grupos de EJA e depois venha escrever algo na sua coluna. Lulla meu caro, faz exatamente isso !
Sinto um pouco de pena de voce, que ao invés de se contentar, de ter orgulho da sua própria cara, tem quase que um orgasmo patriótico na busca por ter a cara do "cara" . O "cara", ou melhor, a frase dita pelo presidente americano e' típica de todo americano quando quer tirar vantagem de alguém, como por exemplo" "good boy", mesmo que ele não seja tão bom menino assim, "this is the man", mesmo que o camarada não esteja com esse destaque todo, "good job", mesmo que o trabalho esteja a um passo da mediocridade, e outras mais, que mais funcionam para manter a pessoa sob controle. Tudo isso funciona como incentivo, na maioria das vezes para que a pessoa não desista e se mantenha melhorando naquilo que faz ou que e', não estão colocando ninguém no"podium" com isso e voce, conhecedor do mundo deveria saber.
O que voce chama de desgraceira eu descrevo como um "abrir os olhos", se voce tivesse bom senso os abriria, e lutaria sim, pela sua terra, pelos filhos (se e' que tem), pelos seus amigos mas não por um tipo desqualificado ate para ser o sindicalista que foi, e que conheço desde então , na pratica.
A negritude de Obama independe de qualquer frase dita a tempo ou fora de tempo a quem quer que seja e a admiração e reconhecimentos dele, por Lulla, não vai alem das riquezas e das vantagens que o Brasil tem a oferecer para os Estados Unidos principalmente no limiar deste admirável velho mundo tão carente de bons observadores
.


Orlando/2009

Carta aos meus filhos… (cronica)

(Juliana e Jayro)

Amo voces... e não poderia ser diferente, pois eu gosto de mim e voces são carne da minha carne, osso dos meus ossos e sangue do meu sangue. Em suma, voces sao uma extensão de mim, ou ainda, uma copia melhorada em todos os aspectos.
No dia em que cada um de voces nasceu, embora o mundo em volta, fora de mim, continuasse o seu curso com todos os seus acontecimentos, o mundo dentro de mim parava, pra observar um novo pedacinho de mim mesmo, nascendo, pra que os meus dias, minha voz, meus pensamentos, se tornassem mais dinamicos.
Eu já não estaria mais limitado ao meu proprio corpo, meu coração já  não bateria mais exclusivamente somente dentro do meu peito e pensei cá  comigo ...” mesmo depois que eu fechar a porta da existencia e tiver que ir embora desse velho e sofrido mundo, estou certo, de que um pouco de mim continuará por aqui fazendo a sequencia  da benção que Deus me deu quando me permitiu vir ao mundo, dando-me,  com isso, varias chances de mostrar a glo’ria d’Ele...”
 Lendo algo que recebi hoje a respeito do valor de um filho, resolvi registrar estes sentimentos a respeito dos meus.
Isso pode parecer bobagem pra alguns, como ja’ me disseram ser, mas, para mim e’ importante meditar sobre isso, pelo menos um instante, dados os acontecimentos que se seguiram ao maravilhoso evento do nascimento de cada um de voces.
Nao compus uma canção para celebrar a chegada, não escrevi uma poesia, mas me revesti de forcas que eu nunca tive para dar o melhor de mim a cada passo, e a cada dia dar a voces o que de melhor eu pudesse para que conhecessem dias melhores do que os que conheci na minha infância e adolescência. Pode
Bem,  conquistei com isso, o direito de dar a voces os nomes que tem, talvez voces escolhecem outro, mas nenhum dos que escolhessem seria mais bonito, soam maravilhosamente bem para mim, e não há outros aos quais eu atendesse mais rapido. Devo ter ganho tambem alguns olhares a mais de Deus pela responsabilidade assumida. Não sei se aconteceram mas, mesmo que não, quero imaginar que devo ter sido o personagem principal de muitos pensamentos, planos e de alguns sonhos acontecidos debaixo do cobertor. Eu não consigo medir isso mas, deve ter tido ocasiões em que o amor que sentiram por mim era mais do que o meu coração poderia suportar. Eu me sentia e me sinto logo abaixo de Deus...
Beijos, abraços, me lembro de muitos deles... sei que perdi muitos outros e só Deus sabe o quanto sinto.
O admirar pedras, formigas, borboletas e outras maravilhas da natureza, faz parte de mim, e todas as vezes que fizeram isso eu estava nisso... Ri, como bobo muitas vezes por coisas bobas que fizeram e me encantaram.
Fui testemunha do primeiro passo, da primeira palavra, da primeira “arte” , da primeira descoberta, da primeira vez atras do volante do carro, ufff... tiramos juntos as rodinhas da bicicleta, lavamos juntos os dedos sujos de tinta, brincamos de esconde-esconde, juntos ouvimos canções de criança, falamos do papai-noel (que era eu...), fomos ao parque e voltamos exaustos, enfim eu estava vivendo nessa extensão de mim, novas e lindas aventuras as quais eu não fazia idéia pudesse te-las em minha vida de adulto. Dias felizes...
Amargas circunstancias da vida fizeram com que isso se tornasse um pouco distante e de certa forma dificultaram muito essa sequencia de dias tornando-os nublados. Apesar dessas nuvens circunstanciais o amor continuou forte e veio juntar-se a ele um outro sentimento, o orgulho de ve-los crescendo em estatura e vencendo os desafios que se apresentaram ao longo do caminho. Por vezes eu nao estava la’ para testemunhar os fatos  em outras estava oculto por alguma razão, celebrando sozinho a vitoria da formatura ou da primeira apresentação musical.
Algumas lagrimas rolaram na minha face por conta de inumeras ocasiões em que sei que a minha mão não estava lá para segurarem quando precisaram dela, não ouvi o seu choro e não os consolei, não tiveram o meu ombro  por causa da distancia, quando andaram pela rua expostos ao perigo delas eu não estava ai sendo o seu guardião. Apesar de tudo isso, apesar de mim voces seguem vencendo a vida...
Procurei de todas as formas alcancar um nivel de compreensão para tudo isso e apesar de todo o conhecimento acumulado ao longo de todos esses anos não encontrei. Voltei então para aquele nosso velho amor dos primeiros dias,  quando vocês nasceram, e ai encontrei conforto e e’ nele que descanso agora. E’ nesse amor sentido, que tudo faz sentido apesar de todas e quaisquer circunstancias, porque, nele não ha’ limites... e’ isso mesmo!
Apesar de tudo, posso amar voces sem medida, sem limites.
Pode ser que algum dia eu escreva um poema ou uma canção a respeito, mas nada vai poder descrever esse sentimento eterno que se encontra aqui dentro do meu peito por voces. Vejo que posso voltar a ter dias felizes, talvez não como aqueles, mas dias muito bons outra vez.
Voltando a meditar nas chances que Deus, Ele mesmo, me deu de mostrar a Sua gloria, e venho aqui declarar ao mundo que falhei em quase todas e ainda falho, mas, em duas delas eu acertei, mostrando ‘a todos e ‘a mim mesmo que não pode haver gloria maior a ser mostrada do que a benção de ter voces .
Creio na vida eterna, dom de Deus, mas, voces me fizeram historicamente imortal por fazerem, comigo, o crescimento da arvore genealogica da qual sou parte e da qual estou muito orgulhoso, por ver que os ramos depois de mim estão melhores  e darão melhores frutos.
Amo voces e não poderia ser diferente ...


Orlando/2009

Calamos! (cronica)

29 de novembro - Policiais estão tomando conta do alto da igreja da Penha  Foto: Reinaldo Marques/Terra(tentativa de resposta a um brasileiro inconformado com a violência do Rio de Janeiro)

Meu querido amigo, compartilho da sua agonia quando vê a cidade, o estado, o pais, mergulhados numa onda de violência sem precedentes e você nos conclama a rogar... vamos rogar sim, mas, não podemos nos esquecer que a maioria de nos, o povo, "conquistou" isso ao longo dos anos, me lembro que quando criança, raras eram as noticias sobre violência e quando aconteciam, era no bar, no jogo, na periferia ... Bons tempos.
Quando deixamos de honrar os valores nacionais nas escolas, demos um grande passo nessa "conquista", quando deixamos que criassem leis que enfraquecessem a autoridade dos professores e dos pais em nome da liberdade pessoal, demos outro grande passo, quando deixamos que as igrejas se entupissem de profeteiros, canelas de fogo, marqueteiros e pilantras de toda a espécie, ensinando todo tipo de asnices, como a maléfica prosperidade, só porque reuniam um numero grande de pessoas e isso "agradava 'a Deus" (e aos cofres da igreja,rs) também demos outro grande passo em direção a essa "conquista".
Enfim para fazer um longo discurso, curto, conquistamos isso quando escancaramos a nossa casa, a família, a nossa privacidade e a pusemos 'a mercê de programas televisivos de quinta categoria que ensinaram aos nossos filhos, o consumismo, o modernismo, o individualismo, o esoterismo, o homossexualismo e nos calamos diante de tanta podridão, isso invadiu as escolas e nos calamos, isso invadiu nossas vidas e nos calamos, a bandidagem invadiu nossas igrejas, não para que fossem transformados pelo evangelho, mas, para "transformarem" o evangelho (e o conseguiram de certa forma)e nos calamos, nossos lideres, religiosos e políticos, se corromperam, nos calamos e os deixamos continuar ocupando as mesmas posições de liderança que tinham, votamos neles, uma vez e outra e outra mais, nossos valores foram usurpados, vituperados, destruídos... e continuamos calados.
Então em face dos acontecimentos, arrastões feitos por enormes hordas de vagabundos em praias e avenidas do Rio de Janeiro e em prédios de São Paulo, podemos ver com clareza que aquela frase que lemos por ai nos carros de muita gente boa "O Brasil e' do Senhor Jesus" e' uma piadinha (de mau gosto e mentirosa, rs,nada contra evangélicos ou contra quem gosta de usar a frase, quando vemos a fe’ precisar de ajuda política “decretando padroeiros” para a cidade ou para o pais, significa que a “fe’” vai mal, nada contra os católicos nem a sua fé, ate' porque temos nossas diferenças doutrinarias mas, bem ou mal, todos somos cristãos.
Ha muito mais razões para estarmos onde estamos, ate' porque esse problema não começou grande... Começou pequenininho.
Não dissemos nada quando vimos a primeira criança pedindo esmola ou vendendo chicletes na rua, não nos incomodou o trombadinha, o troco errado do supermercado ou do trocador do ônibus, a vigarice do cara do jogo de dados ou de copinho na feira, a prostituta ou o travesti fazendo “ponto” ‘a luz do dia no centro da cidade.
Então, meu amado amigo, concordo com você, vamos rogar, vamos sim, mas creio no fundo do meu coração, que Deus esperava esse clamor la'!!!
Quando tudo isso acontecia, não mais agora.
Ele vai nos atender? Pode ser que sim.
Não estou sendo incrédulo, só um pouco realista, fui assaltado 5 vezes a mão armada, sem contar os arrombamentos de carro e outras coisas, por isso meu irmão, posso ate' me juntar ao clamor, mas, daqui de longe, pois me auto-exilei desde ha oito anos passados e acompanho, todos os dias, a tragédia seguindo o seu caminho na minha terra querida, onde o povo se tornou refém da desonestidade e do crime em todos os seus aspectos e em toda a sua magnitude, mas, já disse alguém com muita razão: "nada e' tão ruim que não possa ficar pior".
E vai!
Clamemos, sim, para que Deus tenha misericórdia de nos e como orou Jesus, vamos orar também e pedir que mesmo “que não nos tire do mundo, mas que pelo menos, possa nos livrar do mal”.

Porque 2012?

Mateus 24

O que achamos da idéia de que o mundo acaba em 2012 ?
Isso se espalhou como uma febre nesse inicio de século,  virou filme, centenas de livros foram escritos a respeito, reuniões e mais reuniões em todos os recantos do planeta se fizeram realizar, para explicar o final de tudo.
Tudo porque alguém se lembrou de que existiu um calendário feito pelos Mayas, povo extinto, que existiu na America Central, da qual há traços desde épocas remotas como 2000 anos antes de Cristo, calendário esse que contava os seus dias ate 21 de Dezembro de 2012, tendo absolutamente mais nenhum registro para depois desse dia. E muitos se alarmam e ficam em choque com essa revelação.
Acontece que a Escritura Sagrada já’ traz relatos a respeito desse fim dos tempos, desde que Jesus iniciou os seus ensinos.
Jesus nos diz que um dos sinais seria essa multiplicidade de profecias e revelações e modismos de todos os tipos e para todos os gostos.
- Eu vim em nome dele!
- Eu o sou! Eu sou o Cristo!
- Ele esta ali, ou acolá...
Ninguém sabe, dizia ele, nem os anjos, ninguém...

A manifestação do poder do engano deve ser o maior sinal...
Nem se preocupem... porque a escritura diz que será... “na hora em que não cuidais”.
Não podemos estar presos a essa pressão enorme que se faz, devemos apenas e tão somente cuidar do nosso “cada dia”...

Estar atentos para não ficar escravos dessa religiosidade “industrial” e “marqueteira” tão conveniente ‘aqueles que buscam dinheiro por toda e qualquer razão.
O calendário Maia, traz muita coisa parecida com o que Jesus disse a respeito das catástrofes...
Nos já deveríamos saber disso e não deveria nos impressionar esse tipo de coisa porque isso não traz nada de verdade de Deus.
Aproveitando-se desses tempos de desastre e de descontrole emocional, muitos lideres guiam multidões ao abismo.

Vendo o pastor David Wilkerson um dia desses em um vídeo, ele contava de uma igreja da qual fazia parte há não muitos anos, cujo pastor manifestou a preocupação com o crescimento da igreja.
Eles tinha cultos maravilhosos, tinham a presença do Espírito Santo, mas o pastor queria um “algo mais”, porque a igreja não estava crescendo rápido o bastante... e então ele ouviu falar de um avivamento foi ate lá...
Quando voltou subiu ao púlpito para pregar e começou a rir, descontroladamente, rir e rir... e não houve mensagem.
No domingo seguinte a mesma coisa e riu no púlpito o tempo todo ate que se encerrou o culto e todos se foram e no próximo domingo foi o mesmo e assim sucessivamente por três meses...
Três meses sem mensagem... Só riso...
Isso era “segundo ele” o novo mover do Espírito...
Será que o Espírito que inspirou as mensagens contidas na escritura iria impedir que alguém a pregasse a pretexto de uma nova unção ou de um novo mover, quando o próprio Deus orienta a buscarmos direção nela?

Outro late como um cachorro, diz que isso e’ uma nova unção e anda pelos corredores do templo de quatro com uma coleira ao pescoço e sua mulher segurando a corrente e cantando “aonde quer que você  for o seguirei”.

Outro fala de prosperidade, e há uma infinidade de vídeos e de profetas desse “naipe” levando pessoas que nunca quiseram compromisso com Deus, buscar a Deus agora para acordos, ou conchavos ou para cobrar dEle alguma “promessa” baseados nos escritos Bíblicos.
Colocando Deus “na parede” como se faz com um moleque apanhado em alguma falta.

Outro que diz: guarde sua Bíblia, ela não tem nada a ensinar pra vc, vc não precisa dela
O que vc recebe aqui e’ mais forte.
Outro enquanto prega as pessoas vem e vão enchendo os seus bolsos de dinheiro.
Outro se senta no altar e como que entra em transe e as pessoas vem e depositam notas aos montes aos seus pés e de repente eles “desperta”, como se não soubesse de nada, enche os bolsos com o dinheiro e profetiza bênçãos sobre as pessoas, sobre aquelas que deram, e’ claro .
Dizem eles que quanto mais rico e cativante o teu líder for, mais chances de bênçãos você terá.
Os pagãos eram assim na idade media... quanto mais forte e sanguinário o líder mais pessoas ele ajuntava ao redor de si e conseqüentemente, mais poderosos ficavam.

Outro enquanto prega começa a sibilar como cobra e sibila olhando pra pessoas que começam a rastejar como cobra por entre os bancos do templo enquanto a congregação canta “corra por dinheiro, quanto mais rápido você correr mais dinheiro vira” e então, correm e cantam e rastejam por entre os bancos.

Outro traz uma novidade de que se as coisas não estão boas você precisa fazer a troca de anjo e ele tira o anjo ruim que esta do teu lado e poe o anjo do bem e ai tudo muda na tua vida... heresia!

E por ai vai... dezenas de diferentes  e folclóricas, para não dizer diabólicas,  manifestações fazendo a igreja se parecer mais com um zoológico do que com igreja em si e as pessoas se amontoam para ver e ouvir isso.

Nada disso aprendemos na Escritura a respeito de Jesus e do Evangelho do reino, mas essa e’ uma fortíssima evidencia de que o tempo esta no fim, conforme ele disse.

Esse e’ um evangelho roto, podre, um sacerdócio caído onde se busca agradar vontade de homens e não vontade de Deus onde
Não há mais lugar para repreensão de pecados
Não há mais choro de arrependimento mas sim de remorso.
Não há mais renuncia de si mesmo, mas um narcisismo e egoísmo extremos.
Não há mais o tomar a cada dia, cada um, a sua cruz e seguir...
Não há mais lugar pra o negar-se a si mesmo... porque onde já se viu... EU tenho valor (claro quando Deus/Jesus me da esse valor , não quando eu me dou a mim mesmo!)
Não há mais ouvido para mensagens do tipo, “no mundo tereis aflições, mas tende bom animo...

As vitorias vem, não mais pelo sacrifício e misericordia de Jesus e de Deus o pai, mas pela minha capacidade de ser fiel, pelo meu merecimento, por que cumpri 3, 7, ou sei la quantos dias de jejum ou de algum outro tipo de corrente.
Por ter direitos e por ser eu um filho do rei (e’ perigoso ser filho desse rei, uma vez que Ele mandou matar o seu unigênito!)

Dói no fundo da alma ver essas coisas, ouvir essas coisas, saber dessas coisas e as informações chegam todos os dias...
E quando a gente pensa que acabou, que ninguém vai conseguir superar aquilo, nos chega outra novidade a respeito de algo mais espantoso ainda.
Não da pra ver motivo nenhum de riso quando no Haiti, no Brasil, na África ou aqui no USA pessoas morrem de fome  quando há tanta comida indo pro lixo ou de alguma doença banal por falta de um simples antibiótico tão comum hoje.
Não da pra rir vendo tanta gente se despedaçando (México/Brasil/Guatemala)
Não da pra rir, quando vemos a guerra e a droga acabando com vidas inocentes.
Não da pra rir, quando pessoas se suicidam por terem uma frustração na vida ou por terem perdido o status ou o dinheiro que tinham.
Não há motivo nenhum pra rir, como Jesus não riu de Jerusalém.
Não da pra rir, quando fazem o Espírito santo parecer um palhaço, que dança danças ridículas, que faz papel de tolo diante das câmeras para o mundo todo, que vira piada na boca de ímpios.
Não da pra rir, quando fazem do templo um circo, trazendo todas essas bizarrices para o altar e oferecem isso a Deus, como um arremedo estranho de um estranho “culto”.
E’ preciso se cuidar e e’ tempo de se cuidar!!!

Terremotos, fome (*dieta), guerra, vemos isso todos os dias nos noticiários e isso não nos conta nem metade do que realmente acontece.
Claro que e’ o fim de uma era e inicio de outra,  e qualquer pessoa independente de religião consegue perceber que estamos vivenciando tempos de trevas ( que não sei se e’ a tribulação, pode ate ser, ninguém sabe )...

Quando Jesus ensinava a respeito disso os discípulos perguntaram: Quando serão estas coisas? Ele disse: Eu vos mostrarei sinais: Conhecem a figueira?
Vocês não conseguem discernir as estações?
Então... Se conseguem discernir isso eu vou dar a vocês sinais, não dias nem horas, porque quando os sinais começarem a acontecer ... Cuidado!
Por isso não deveria-mos ter preocupação com 2012, porque o dia do encontro, o fim de tudo pode ser agora, daqui a pouco, hoje, amanha.
Como os filhos de Israel estavam preparados naquela noite antes da partida para sair do Egito... Lembram-se disso? (e’ só ler sobre a saída dos Israelitas do Egito, sob o comando de Moises no livro do Êxodo)
Assim deveríamos estar, não “enrolados” com negócios desse mundo, não presos a contratos, esquemas, sistemas, como se fossemos estar aqui para sempre, escravos de todo o tipo de compromisso material.

Somos cidadãos do céu e deveríamos viver como tais, somos peregrinos e estamos aqui de passagem e deveríamos agir como tais, somos salvos, resgatados de uma vida de perdição e feitos sal da terra e luz do mundo e deveríamos agir como tais.
Agindo assim 2012 não faria a menor diferença para nos, exatamente porque, estaria-mos preparados para o evento, qualquer que fosse o dia ou a hora.