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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

"NADA ERA DELE"

(Gioia Junior - Goiania 21 de Setembro de 1955)

Disse um poeta um dia,
fazendo referência ao Mestre amado:
"O berço que Ele usou na estrebaria,

por acaso era dele?
- Era emprestado!

E o manso jumentinho,

em que, em Jerusalém, chegou montado
e palmas recebeu pelo caminho,
Por acaso era dele?

- Era emprestado!

E o pão - o suave pão,

que foi por seu amor multiplicado
alimentando a multidão
Por acaso era dele?

- Era emprestado!

E os peixes que comeu

junto ao lago e ficou alimentado,
esse prato era seu?
- Era emprestado!

E o famoso barquinho?
Aquele barco em que ficou sentado

mostrando à multidão qual o caminho
Por acaso era dEle?

- Era emprestado!

E o quarto em que ceou

ao lado dos discipulos,ao lado
de Judas, que o traiu, de Pedro, que o negou
por acaso era dele?

- Era emprestado!

E o berço tumular,

que depois do Calvário, foi usado
e de onde havia de ressuscitar
Por acaso era dEle?

- Era emprestado!

Enfim, NADA era dEle!
Mas a coroa que Ele usou na cruz
E a cruz que carregou e onde morreu.

Essas eram, de fato, de Jesus! "

Isso disse um poeta certa dia,

numa hora de busca da verdade;
mas não aceito essa filosofia
que contraria à própria realidade...
O berço, o jumentinho, o suave pão,
os peixes, o barquinho, o quarto e a sepultura,
eram dEle a partir da criação,
"Ele os criou" - assim diz a Escritura...

Mas a cruz que Ele usou
- a rude cruz, a cruz negra e mesquinha
onde meus crimes todos expiou,
essa cruz não era Sua!
ESSA CRUZ ERA MINHA!