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quinta-feira, 17 de março de 2011

"Pastor: Profissao ou Ministerio?"




Eu já havia prometido a mim mesmo não escrever ou falar mais nada a respeito de assuntos assim, digamos, polêmicos, a respeito de pastores, evangélicos ou igreja, mas não tem jeito, sou incorrigível.
Alguém puxou o assunto e la vou eu de novo, dentro do tema: "pastores sofrem, o outro lado da moeda...", desenvolvido pelo blog Púlpito Cristão.
Dizer que existe "uma casta de pastores vivendo nababescamente" é simplesmente descrever o que todos vêem diariamente nos programas evangélicos de TV, e também o todos estão cansados de saber, sejam membros de alguma igreja ou não, é bem verdade, mas não e' uma "casta" somente, a maioria esta nessa condição de "casta", e só não se da bem aquele que não pode, por ter rebanho pequeno, ou por não ter chance dentro da organização a que pertence, e se houvesse a possibilidade para todos, praticamente todos seriam parte da "casta".
Então as pessoas, associam o ministério pastoral a um meio fácil e desonesto de enriquecimento, simplesmente porque isso também é  verdade, é o que acontece quase sempre, e alguém disse com muita razão que: "alguns dos chamados "ministros de Deus"...negociaram sua fé, almas e sonhos por trinta moedas”. Ok, eu diria que alguns se vendem por muito menos.
Gostei da modéstia da colocação, "trinta moedas"... Leia-se, milhões de dólares.
Dizer que o Brasil tenha (ainda) "milhares de pastores que não se dobraram diante do espírito mercantilista" é, no mínimo, irreal, talvez fosse melhor dizer, centenas, ou quem sabe para ser mais realista, dezenas.
A verdade e' que se a gente fosse contar nos dedos, acho que não encheria as duas mãos, daqueles que não se contaminaram com dinheiro do altar de alguma forma,  uns mais, outros menos, ate porque, quase sem exceção isso esta igual a política, e dificilmente se encontraria alguém de conduta santa, irrepreensível e ilibada, três palavrinhas fortíssimas, mesmo para o nosso português tão fraco em definições.
Li um dia desses que há milhares de pastores que sofre “horrores” nas mãos das organizações denominacionais a que pertencem.
Ora, convenhamos, que se alguém "sofre horrores nas mãos de seus conselhos, presbitérios e assembléias" e continua la' e' porque gosta, ou então esta esperando uma boquinha para fazer parte da "família", ou seja, da turma que se da bem.
E se falava na  a crise financeira batendo 'a porta da igreja, vindo corte no salário, nos benefícios e ate demissão.
E porque?
Simples. E' porque isso virou negocio de qualquer angulo que se olhe, e' um emprego como qualquer outro, que reclama direito a ferias, tem SINDICATO!!!
E’ isso mesmo SINDICATO de PASTORES, e eu pergunto: vão fazer greve? Onde? Contra que patrão? Deus? Já que isso e' encarado como ministério santo?
O trabalho de pastor não e' fácil, longe disso, eu sempre soube disso, mas quem foi que pediu pra que ele fosse pastor? Alguém pôs um revolver na cabeça dele?
A resposta e' sempre não?
Se ele diz que obedece um chamado, o problema e' de quem o chamou, assim ensina a Escritura, quem o contratou e' que resolve a parada.
Fico imaginando como seria, se Moises resolvesse tirar trinta dias de ferias, ou Samuel, ou... bem... não me consta que Moises tenha morrido aposentado, mesmo depois de 40 anos de trabalho duro 7 dias por semana, e não me venha com a lei, porque no sétimo dia la estava ele cuidando das coisas de Deus, mas vejo hoje uma multidão de pastores, confiando em Deus, mas também fazendo sua fezinha no INSS, no que não estão errados. Mas então porque não dizer a verdade e viver as coisas como são?
A Igreja age e pensa assim, talvez porque se sinta lesada no que ensinaram a ela e também por ser lesada na transparência desse evangelho de duas caras apresentado sempre como o Evangelho de Jesus,  e que bem sabemos, não o é.
Ate porque, ele mesmo diz: “O reino de Deus não e’ comida nem bebida....”, ou seja, não e’ coisa material, mas nos o fazemos assim, totalmente material, não e’ mesmo?
Existem homens de Deus? Sim, claro!
Vivendo bíblica e santamente. Sim, claro!
E sua igrejas estão cheias. Claro, que não!
Me mostre uma onde a coisa e' estritamente vivida nos moldes do segundo capitulo de Atos e eu darei a mão  'a palmatória e prometo não ser membro dela para não a estragar.
Bem, caberia aqui a pergunta: "Pastorado e' profissão ou ministério?
Já esta visto que e' profissão, porque ha o reclamo de ferias e outras coisas inerentes ao cargo, sabemos que o pastor como qualquer outro mortal, precisa pagar contas e tem necessidades. Sabemos também que a Escritura ensina que, os que ministram devem comer do altar, isso soa como certo sincretismo de conveniência entre o Velho e o Novo Testamentos, mas tudo bem, então, pergunto de novo:
Porque e' que a igreja age assim,?
Exatamente porque ela vive o evangelho que lhes foi ensinado, o do escambo, o evangelho toma-la'-da-ca', o evangelho farinha pouca meu pirão primeiro, o evangelho dou-dez e recebo 100, é  isso, as pessoas, como nos tempos de Jesus, só o seguem pra levar alguma vantagem, é  isso que enche as igrejas hoje, as campanhas, as correntes, as reuniões com e sem motivo, elaboradas somente para arrecadar ate o ultimo níquel do bolso do incauto.
E' amargo dizer isso, mas e' o que acontece, e junto com essas reclamações todas a respeito da vida de pastor, se registrava o reclamo de que a Igreja de Jesus não esta dando o devido respeito e honra aos anciãos, lideres e pastores, coisa que mais uma vez, me impulsionou a biblicamente discordar, pelo simples fato de que a verdadeira Igreja sempre fez isso e muito bem, porque quem se converteu ao Senhor de verdade, ama, honra, obedece e segue os verdadeiros lideres, sejam pastores ou não, e não tem como obrigação, simplesmente dar os 10% de dizimo, mas colocam tudo o que tem a disposição de Deus e do próximo.
Conheço muita gente que vive isso e que faz assim, e por coisas assim é que deveriam ser reconhecidos os cristãos, para que a idéia de "igreja" fosse diferente, e também para fazer valer o que Deus disse ao profeta:" E outra vez vereis a diferença entre o que serve e o que não serve".
Então meus amados, ninguém teria que sair escrevendo ou falando nada em defesa de salário, de benefícios, de honra e respeito a pastor nenhum, visto que era suposto ele estar encarando isso como sacrifício, como o fizeram os apóstolos e o próprio Jesus que dizia:
”...o Filho do Homem não tem nem uma pedra onde reclinar a cabeça” .