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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Pau-Brasil: nossa árvore nacional

Ficheiro:Brazilwoodriobotanicgarden.jpg
Pau-brasil é um dos nomes populares da espécie Caesalpinia echinata Lam. (echinata significa "com espinhos"), uma leguminosa nativa da Mata Atlântica, no Brasil. Seu nome em tupi é ibira pitanga, ou "madeira vermelha".
O nome popular em português deriva da cor de brasa da resina vermelha contida na sua madeira. É conhecido também pelos nomes de brasileto, ibirapiranga, ibirapita, ibirapitã, muirapiranga, orabutã, pau-de-pernambuco, pau-de-tinta, pau-pernambuco e pau-rosado. É também conhecida como pau-ferro por ser mais densa do que a água e não flutuar, o que prejudica o seu transporte no meio fluvial.
São também conhecidos como pau-brasil, embora tenham preferencialmente outros nomes, a Caesalpinia ferrea (pau-ferro) e a C. peltophoroides (sibipiruna).


Muito pouco se escreve ou se fala da árvore que originou o nome do nosso país, nativa da Mata Atlântica do Brasil e que ao longo dos anos, desde a colonização, tem sido destruída quase ‘a extinção.
Alcança até 15 metros de altura, tem tronco reto, casca cor cinza-escuro e coberto de acúleos (espécie de pelo enrijecido para proteger a superfície da planta).

Ficheiro:Caesalpinia echinata 2.jpg
Suas folhas são bipenadas (como se fossem penas), de coloração verde brilhante.
As flores possuem quatro pétalas amarelas e uma menor vermelha, todas muito aromáticas.
Ficheiro:Paubrasil6.jpg

A floração ocorre do final do mês de setembro até meados de outubro. Os frutos, que são bastante apetitosos para os pássaros, são cobertos por longos e afiados espinhos que os protegem desses animais. Sua maturação ocorre entre os meses de novembro e janeiro e neles há de uma a cinco sementes de cor marrom.
O pau-brasil foi a primeira atividade econômica dos colonos portugueses quando recém chegaram à Terra de Santa Cruz (um dos nomes dado ‘a terra recém descoberta). A árvore possui uma essência corante em sua madeira que servia como tintura em manufaturas de tecidos de alto luxo da corte portuguesa.
De coloração avermelhada, essa resina era utilizada como uma alternativa aos corantes de origem terrosa, dando assim aos tecidos uma cor de qualidade superior. Antes disso, Portugal adquiria esta mesma substância, com os mesmos fins, de uma árvore asiática cujo nome era Brazil. Por ela ser bastante escassa na Asia, os portugueses se encantaram com a abundância do pau-brasil e, em poucos anos, o tornaram alvo de comércio e contrabando.

Utilizado na época também pela marcenaria (até os dias de hoje, em confecção de arcos para violino e móveis finos) e pelos índios (na produção de seus arcos e flechas e na pintura de enfeites), criou-se uma demanda enorme desta árvore no mercado, resultando em uma rápida e devastadora "caça" ao pau-brasil nas matas brasileiras. Em pouco menos de um século, já não havia mais árvores suficientes para suprir a demanda, e a atividade econômica foi deixada de lado.
Atividades econômicas, como o cultivo da cana-de-açúcar e do café, além do crescimento populacional, estiveram aliadas ao desmatamento da faixa litorânea, o que praticamente acabou com o habitat natural desta espécie.
O Jardim Botânico de São Paulo implantou, em 1979, um “bosque de pau-brasil”, na intenção de preservá-lo para que mais brasileiros conheçam esta espécie.
Porém, é no estado de Pernambucano, município de São Lourenço da Mata, que existe a maior reserva nativa da espécie. Denominada Tapacurá, ela possui aproximadamente 100 mil pés de pau-brasil.
Por ser considerada incorruptível – já que não apodrece e nem pode ser atacada por inseto -, atualmente, a madeira do pau-brasil pode ser, talvez, a mais valiosa do mundo.