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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Terremoto... (cronica)

File:Haitian national palace earthquake.jpg


Terremoto !

E' um desastre de proporções gigantescas...

Vivo aqui na Florida e hoje, dia 13 de Janeiro de 2010, ha uma enxurrada de noticias chegando. Os canais de tv americanos que não são muito chegados a ficar dando noticias dos outros, costumam falar deles para eles mesmos, estão entupidos, alguns as 24 horas do dia, de noticias a respeito da tragédia que sacudiu ontem o Haiti , um lugar miserável, onde a desgraça e a miséria já são parte da cultura do povo.

Ha milhares de haitianos aqui, e mesmo quando já adquiriram uma vida melhor, eles continuam com as mesmas praticas de falta de higiene e bons costumes e todo o tipo de "porquices" imagináveis, nocivos a saúde e educação.
O povo que vive naquela ponta de ilha são oriundos do sistema escravagista da Franca, que alavancou sua economia com o cultivo da cana e a mao de obra sem custo e que os abandonou ‘a própria sorte depois de extorquir todos os seus recursos de forma criminosa, em troca da liberdade.

Mesmo diante de uma tragédia dessas, muitos dos chamados lideres religiosos, vão se aproveitar disso, simplesmente para o construir o sermão de domingo,  outros tantos para arrancar dinheiro de incautos propagando ajuda a ser “enviada para lá'”. O fato e' que, já não sabemos mais o que e’ chorar, e não sabendo chorar descobrimos que a compaixão se foi, mesmo Jesus tendo nos recomendado tanto a respeito dela.

Do alto do nosso conforto e visto que o pais foi “consagrado a satanás” e' fácil chamá-los (os haitianos) de: ímpios, perdidos, endemoninhados, macumbeiros, negros, etc...
Mas, Ele, Jesus, os chama de "meus pequeninos".
Devemos nos lembrar sempre, de que Ele morreu exatamente por gente assim, e que se Ele estivesse aqui hoje olhando tudo isso acontecer, choraria, com o coração cheio de compaixão, como chorou por Jerusalém, enquanto dizia:
“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados, quantas vezes eu quis te ajuntar, como a galinha faz com os seus filhotes, debaixo das asas...”
Ele não amou ao povo de Jerusalém menos, mesmo experimentando desprezo no mais alto grau... Amaria menos o povo do Haiti por talvez, nunca terem tido alguém disposto a gastar a vida com eles ensinando-os o caminho certo? (salvo as raríssimas e preciosas exceções!)

Eles, foram sacudidos e choram, gritam, gemem, estendem a mão pedindo socorro...
Nos também somos sacudidos pela tragédia que os abate e não choramos porque já não conseguimos mais chorar, não gritamos inconformados, porque vivemos um conformismo absoluto com tudo, não gememos sentindo a dor deles porque a compaixão e a misericórdia já há muito não fazem parte do nosso vocabulário e não estendemos a mão pedindo ajuda, mesmo precisando tanto quanto ou mais do que eles.

Jesus, a quem chamamos de “o nosso Mestre”, nos ensinou a ser misericordiosos e não somos, em nome da justiça; nos incitou a andar a segunda milha e não andamos, porque não levamos desaforo pra casa; insistiu para que fossemos mansos e não somos, porque ser manso e' ser otário...
O terremoto no Haiti deveria provocar um terremoto na vida espiritual de cada um de nos para nos "despregar" desse evangelho egoísta e usurário que vivemos...infelizmente, amanha de manha pouca gente estará lembrando de que os haitianos estão em meio a essa desgraça toda e quando a próxima tragédia for para as telas da tv, tudo será, definitivamente, historia... e nos continuaremos o nosso medíocre caminho de bons(?) religiosos deixando a ajuda vir de algum "bom samaritano" que nem religião deve professar, mas que tem um coração e uma vida totalmente usados por Deus e que se coloca como um instrumento para ser usado sempre que preciso, onde e para o que for preciso...
As palavras perdem o sentido diante da imensidão da tragédia e só nos resta gritar ‘a Deus dizendo:
Misericórdia, Senhor!!!

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